segunda-feira, 15 de junho de 2015

Estrearemos o espetáculo FRATURAS


Encontros em Março


Nosso encontro em março foi assim!
Segue um trecho...

E o movimento da Siameses se encontra com o Trippé

Movendo-se por Rafael Sisant

Os dez primeiros dias com Maurício de Oliveira foram surpreendentes em todos os sentidos. Houve um misto de sentimentos ao perceber os nossos planos se materializando e nos proporcionando novas experiências. Como tudo, no início do processo senti medo de não dar conta, pensei em fugir da raia, afinal de contas, ter um artista como o Maurício nos coreografando é uma oportunidade única e para poucos, pensei: Isso não é pra mim, sou novo no mundo da dança, aspirante a bailarino e tecnicamente imaturo. Mas a generosidade da equipe estrategicamente bem montada pelo Maurício, que além do coreógrafo contava com o auxílio, pareceria e carinho do Ivan Bernadelli e da Kátia Rozato que nos assistia atentamente e de todas as formas, nos proporcionava contato com novos conhecimentos.

O processo iniciou-se com o pé direito e como todo processo digno e rico, com seus tropeços, mas cheio de esperanças de sucesso.

O movimento de Wendell Britto


O processo do novo espetáculo do Coletivo Trippé com direção e coreografia de Mauricio de Oliveira e ajuda de seus bailarinos Ivan Bernadelli e da Kátia Rozato, nos primeiros dez dias foi de suma importância para mim como artista, onde fui banhado de novas experiências corporais e um novo olhar para composição coreográfica, que veio somar na minha bagagem de artista criador e pensante em dança. 




Um ponto que levarei comigo é observar que cada gesto, mesmo quão pequeno seja, torna-se assim analisável, dando a dança novas possibilidades de se expressar através do máximo e do mínimo, que sempre vem carregado de uma delicadeza e, ao mesmo tempo, forte e preciso, dando ao espectador inúmeras leituras. Além disso, foi bom conviver com novas pessoas, com corações imensos e sensíveis, que nos encheram de alegria e conhecimento nesse período transição para o coletivo e para os componentes, enriquecendo e fortalecendo o nosso trabalho e nos estabilizando como grupo e pessoas

O movimento de Regiane Nascimento

Aula de Kátia Rozato (na frente), durante a residência.



O que foram esses 10 dias? 


Uhh!! Suei a camisa. 

Nesse inicio do processo de criação do novo trabalho do Coletivo Trippé, sabíamos que não seria fácil, mas, foi e está sendo maravilhos. Abrindo portas para novos conhecimentos, experiências e impulsionando a buscar cada vez mais do aprimoramento individual e em conjunto. Sempre somos instigados a isso, mas a presença de novos desafios, que nos “tira do local de conforto”, fortalece. 

A direção e a coreografia estão sendo criadas pelo grande diretor artístico, bailarino, coreógrafo e artista plástico Mauricio de Oliveira, com auxilio de seus bailarinos Ivan Bernadelli e da Kátia Rozato, que são incríveis.

Realmente, é um desafio, por ser um modo completamente diferente do que trabalhamos e isso é o que está sendo melhor, do meu ponto de vista. 

Que venham mais 10 dias!


sexta-feira, 17 de abril de 2015

E passa o tempo dançando uma década


Começo esse blog partindo do banal, falando dos biscoitos que comemos durante a residência com a companhia Maurício de Oliveira e Siameses. Os nossos encontros foram doces como eles, recheados de novidades. Foi tanta coisa absorvida que mais parecia ter se passado uma década e não apenas 10 dias de encontros, diários encontros regados com muito biscoito, um processo de comer tudo enquanto o tempo passa.
Esse é o nosso primeiro projeto como esse e, é claro, que já imaginávamos que não seria fácil. E era exatamente isso que queríamos, quando escolhemos modificar nossas estruturas e apostar em novos espaços dentro desse que há pouco tínhamos criado, um coletivo multifacetado, um aglomerado de pessoas que sempre querem o diferente, o efêmero.
Não por campanha, mas temos que reconhecer que muito dificilmente esses encontros seriam viáveis sem a aprovação no Edital Setorial de Dança 2014 da Bahia, que da todo o aporte financeiro para o projeto e suas ações.
Muita coisa ainda está por vim. Afinal, apenas estamos começando.

Adriano Alves

Fevereiro, 2015.